segunda-feira, 21 de maio de 2012

Crescimento só com inclusão social, diz ministra


Ao participar de seminário internacional no Paraguai, Tereza Campello destaca decisão do governo brasileiro de investir em programas de transferência de renda e de acesso ao mercado e a serviços públicos como forma de impulsionar o desenvolvimento
Assunção, 16 – “O Brasil ter conseguido tirar milhões de pessoas da pobreza e integrá-las à classe média é fruto das decisões de um governo preocupado em construir políticas de inclusão”, disse nesta quarta-feira (16), em Assunção, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, ao fazer palestra sobre o crescimento do país para ministros da área social do Mercosul. “O Brasil cresce porque inclui. Não precisa esperar o bolo crescer, pois é incluindo a população mais pobre que se desenvolve”, acrescentou Tereza Campello, durante o seminário internacional promovido pelo governo paraguaio com apoio do Instituto Social do Mercosul (ISM).

Para Tereza Campello, a América Latina tem conseguido construir uma agenda de crescimento com inclusão nos moldes do que o Brasil vem mostrando ao mundo como modelo. “E só o crescimento econômico não dá conta de promover a inclusão. Ela só acontece pela decisão política do governo de estender a essas pessoas o acesso a consumo e desenvolvimento. A grande força do Brasil são os 190 milhões de brasileiros. A população pobre não quer favor, mas sim oportunidade.”

O processo de integração regional em discussão no Mercosul não pode ser analisado apenas do ponto de vista econômico, disse a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Segundo ela, sem uma agenda que aborde as diversas dimensões do desenvolvimento humano, como o social, o ambiental e o cultural, não se construirá um Mercosul forte.

Brasil Sem Miséria – Em sua apresentação, Tereza Campello falou sobre as políticas sociais brasileiras. No governo Lula, assinalou, o Bolsa Família contribuiu para a redução da pobreza e dinamizou as economias locais. Agora, completou, o Plano Brasil Sem Miséria representa uma fase segunda desse processo. “Ele vai além da transferência de renda e acrescenta a inclusão produtiva da população extremamente pobre e o acesso a serviços públicos.”

A ministra apresentou dados sobre os avanços sociais do Brasil. De 2003 até agora, 28 milhões de pessoas saíram da pobreza e 39,5 milhões entraram na classe média. Com o Brasil Sem Miséria, o governo quer tirar 16,2 milhões de brasileiros da extrema pobreza. As famílias extremamente pobres têm renda mensal de até R$ 70 por pessoa. Ela destacou ainda que o Bolsa Família atende hoje 13,4 milhões de beneficiários e citou o Brasil Carinhoso, que tem a meta de reduzir o número de famílias extremamente pobres com filhos de 0 a 6 anos.

Diretor do ISM – criado para fortalecer o intercâmbio de políticas sociais no continente –, Christian Adel Mirza agradeceu a presença dos dirigentes sul-americanos, especialmente de Tereza Campello, no seminário que comemorou os 21 anos do Mercosul. A ministra foi convidada pelo governo do Paraguai para participar do evento.

“É preciso discutir a integração não somente do ponto de vista econômico, mas de modo a conciliar com a agenda social”, disse Mirza, reforçando a discurso da ministra brasileira. “Trata-se de falsa oposição entre econômico e social.”

Ascom/MDS
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