quarta-feira, 10 de abril de 2013

ACORDA BRASIL DIGA NÃO AO PRECONCEITO E SIM A VIDA!


Apesar de o Brasil ter um dos melhores tratamentos de Aids em todo mundo, a questão do preconceito ainda é um grande entrave para o tratamento. Duas pesquisas compravam isso.
Resultados de uma pesquisa mundial, chamada ATLIS (AIDS Treatment for Life International Survey ou Pesquisa sobre Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional), realizada com cerca de 3 mil pessoas soropositivas em 18 países (inclusive o Brasil) mostram que o maior medo dos pacientes HIV positivos é com o preconceito e exclusão social. Por isso cerca de 34% dos entrevistados haviam largado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo.
Para se ter uma idéia da dimensão do preconceito no Brasil, das oito mil pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde, 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola.
Dessa maneira, muita gente oculta à doença por medo de discriminação. O estudo mundial mostra que mais da metade dos entrevistados (54%) estão "muito" ou "um tanto" preocupados com o fato de outras pessoas conhecerem seu status de HIV positivos, com 83% alegando que isto se deve predominantemente à preocupação com a discriminação social e o estigma.
Mas ao contrário do que muita gente imagina, o aumento da sobrevida dos pacientes é significativo e deve ser divulgado em campanhas como uma forma de desmistificar a doença. Conforme o Ministério da Saúde, o tempo de sobrevida dobrou entre 1995 e 2007 nas regiões Sul e Sudeste do país, passando de 58 meses para mais de 108 meses. É sem dúvida é uma forma dos pacientes enfrentarem a doença com mais qualidade de vida.

DIGA NÃO AO PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO


O que é o preconceito e a discriminação em torno do HIV/VIH?

O preconceito relacionado ao HIV/VIH refere-se a todas as atitudes desfavoráveis, crenças, comportamentos e tratos direcionados às pessoas de quem se imagina ou sabe-se terem HIV/VIH/AIDS/SIDA, assim como a seus entes queridos e a quem elas amam, seus grupos sociais e comunidades.
Os seguintes procedimentos são exemplos de preconceito e discriminação relacionados ao HIV/VIH. Para mais exemplos, visite o link "HIV Stigma" no website principal:
  1. Colocar toda, ou desproporcionalmente, a responsabilidade nos ombros dos portadores do HIV/VIH para revelar o status de HIV/VIH nas relações sexuais;
  2. Comentar sobre o status de HIV/VIH de outros;
  3. Evitar pessoas com HIV/VIH no seu círculo social;
  4. Acreditar que você mesmo não esteja em risco de contrair o HIV/VIH porque você "não é como aqueles que são HIV/VIH positivos"
  5. Contribuir para, ou não lutar contra o silêncio que existe em torno do HIV/VIH, não querendo falar abertamente da questão na sua comunidade.
Você pode encontrar mais informações sobre como lutar contra o preconceito em relação ao HIV/VIH visitando o website principal ou contactando o Programa de Língua Portuguesa no the AIDS Committee of Toronto.
Se você se auto-identifica como um gay ou bisssexual de Língua Portuguesa, ou é um homem que faz sexo com outros homens, esta campanha e website são PARA VOCÊ, não importando se você é ou não HIV/VIH positivo. Mas se você é HIV/VIH negativo, pense sobre como suas attitudes, crenças e comportamentos em relação ao homens gays com HIV/VIH poderiam afetar negativamente a saúde deles, além de interferir na sua habilidade de proteger-se contra a infecção pelo HIV/VIH.

Se você não se auto-identifica como um gay ou bissexual de Língua Portuguesa, e não é um homem que faz sexo com outros homens, esta campanha e website não são para você. Mas considere como o preconceito e a discriminação em torno do HIV/VIH estão afetando a comunidade de Língua Portuguesa e como você pode fazer a comunidade um lugar bem-vindo e mais aberto para as pessoas com HIV/VIH, sejam elas gays ou heterossexuais.
"VIVER COM A AIDS É POSSÍVEL, COM O PRECONCEITO NÃO!"

ANTES DO TESTE RÁPIDO CONSIDERAR


Antes do teste... fatores a se considerar
Seu risco de infecção para o VIH/HIV
Baseado no seu próprio histórico de relações sexuais e uso de drogas, aconselhamento profissional antes do teste lhe ajudará a avaliar os riscos que você tem assumido assim como esclarecer melhor sobre a sua decisão em fazer o teste. Afinal, a decisão em fazer ou não o teste para o VIH/HIV é sua.
Teste de VIH/HIV anônimo/ anónimo
O teste de VIH/HIV anônimo/anónimo utiliza um número ou um código no seu teste, e não o seu nome. Só você poderá saber o resultado do seu teste ou mesmo saber que você foi testado. Testes anônimos/ anónimos são diferentes de testes de VIH/HIV feitos pelo seu médico, ou em certas clínicas, onde os resultados do seu teste de VIH/HIV estarão relacionados ao seu nome. Para encontrar a localização do posto mais próximo para teste de VIH/HIV, contact ACT ou ligue para a Infoline sobre SIDA/AIDS e Educação Sexual através do número 1-800-668-2437 (serviço não disponível em português).
Aconselhamento profissional antes e depois do teste
Antes do teste, você precisa de alguém para responder todas as suas perguntas e ter certeza de que você sabe exatamente o quê o teste significa. Assim, você pode tomar uma decisão mais bem-informada sobre o teste. Depois do teste, sendo você HIV positivo ou não, você precisará de alguém para ajudá-lo(a) a encarar os resultados com realismo assim como você necessitará também tomar as medidas adequadas para permanecer saudável.
Você está fazendo um teste de VIH/HIV por razões de trabalho ou seguro?
Em caso afirmativo, você poderia fazer um teste anônimo de VIH/HIV e ter aconselhamento profissional primeiro. Se você descobrir que é HIV-positivo, você poderá retirar a aplicação de trabalho ou seguro para proteger a sua confidencialidade.
Você está grávida?
Todas as mulheres grávidas em Ontário são oferecidas o direito de fazer testes de VIH/HIV como parte do pré-natal. Quando as mulheres grávidas são diagnosticadas com VIH/HIV cedo, elas podem receber tratamento como também tratamento para os seus bebês. No passado, em torno de 25% dos bebês nasciam infectados de mulheres com VIH/HIV. Com teste e tratamento pré-natais, menos de dois por cento dos bebês nascidos de mulheres com VIH/HIV são infectados.
Finalmente...
É normal ficar ansioso(a) por causa de um teste de VIH/HIV. Quando você for fazer o teste e pegar os resultados, leve um amigo confiável, o(a) companheiro(a) ou um membro da família para poder ajudar você a lidar com a sua ansiedade.
Se você sentir inseguro(a) com o teste, talvez você possa pedir mais informações ou aconselhamento professional para lhe ajudar a lidar com certos aspectos do teste e com a possibilidade do resultado do teste ser positivo.

TESTE RÁPIDO DE HIV


Estas informações irão ajudá-lo(a) a esclarecer as suas dúvidas sobre o teste do vírus da imunodeficiência adquirida (VIH/HIV) – o vírus que pode causar a SIDA/AIDS.
Como saber se você deve fazer o teste
Para muitas pessoas, o teste de VIH/HIV é importante porque para saber a sua condição com relação ao VIH/HIV (se você está ou não infectado(a) com o VIH/HIV). Se você descobrir que tem o VIH/HIV, poderá tomar medidas para permanecer saudável.
Ao tomar a decisão de fazer o teste, você deve ter mais informações sobre o teste e os seus resultados.
Não importa qual seja sua decisão, fazer sexo com proteçao e usar drogas injetáveis de uma forma mais segura, reduzirão o seu risco ou o risco dos outros de se infectarem com o VIH/HIV. Para saber mais sobre este assunto, você pode contactar o ACT (Comitê da SIDA/AIDS de Toronto) pessoalmente, por telefone ou por email.
Sobre o teste de VIH/HIV
Você pode ter ouvido falar sobre este teste como um “teste de VIH/HIV”, ou como um “teste de SIDA/AIDS”. No entanto este é um teste, de fato, para os anticorpos do VIH/HIV. Na verdade, os anticorpos são gerados pelo próprio corpo como resultado da infecção com o VIH/HIV.
Existem dois tipos de testes de VIH/HIV disponíveis em Ontário:
- o “teste padrão” envolve a coleta de uma amostra de sangue. Esta amostra é então enviada ao laboratório para ser testada com relação à presença dos anticorpos do VIH/HIV. Normalmente, levam duas semanas para os resultados do teste retornarem;
- o “teste rápido” de VIH/HIV. Este tipo de teste consiste em coletar o sangue através de uma pequena picada na ponta do seu dedo e testar o sangue enquanto você espera. O processo inteiro leva aproximadamente 20 minutos.
Como o teste de VIH/HIV busca os anticorpos e não o vírus, você precisa esperar até que os anticorpos sejam produzidos pelo seu corpo. Os anticorpos podem demorar no máximo 12 semanas depois do momento da infecção para aparecerem no seu sangue. Portanto, para ter um resultado preciso, você deve esperar até 12 semanas depois de ter tido uma relação sexual sem proteção ou ter usado drogas injetáveis de uma forma arriscada antes de ser testado(a).
Este período de tempo (do momento que você foi exposto/infectado com o VIH/HIV até quando os anticorpos aparecerem no seu sangue) é geralmente chamado de janela.
Resultados do teste
Um resultado positivo (ou reativo) do teste significa que você está infectado(a) com VIH/HIV (você é HIV positivo(a) = HIV+). Você pode passar o vírus para os outros se você fizer sexo sem proteção ou compartilhar agulhas/seringas para o uso de drogas injetáveis. Isto não significa que você tem SIDA/AIDS (que é o estágio avançado da infecção pelo VIH/HIV) ou que você vai desenvolvê-la. O restultado do teste por si só, não revela o seu estado de saúde, somente se está infectado com o vírus.
Um resultado negativo (ou não-reativo) do teste significa que não há anticorpos do VIH/HIV no seu sangue no momento do teste, e você não foi infectado(a) com o VIH/HIV (você é HIV negativo(a) = HIV-). Isto não significa que você está imune ao vírus ou que você não possa ser infectado(a) no futuro.
O que você pode fazer se o seu teste de VIH/HIV der positivo
Se você descobrir que você tem VIH/HIV, existem medidas que você pode tomar para manter a sua saúde física, mental e emocional.
Um profissional da área de saúde que entenda sobre VIH/HIV pode monitorar sua saúde e ajudar a decidir o melhor momento para você começar a tomar medicamentos que possam ajudar na luta contra o VIH/HIV. Organizações que prestam serviços na área de SIDA/AIDS, como o ACT, podem oferecer uma vasta lista de serviços de apoio nos níveis prático, emocional e social. Elas também podem ajudar você a conseguir mais informações sobre como viver com VIH/HIV e referí-lo(a) a outros serviços.
A prática do sexo com proteção e/ou o uso seguro de drogas injetáveis são importantes também. Isto não apenas irá reduzir as suas chances de passar o VIH/HIV aos outros mas também irá ajudar a reduzir suas chances de contrair outras infecções que podem prejudicar a sua saúde.

terça-feira, 26 de março de 2013

PORTADORES DE HIV - DIFERENÇAS E OPORTUNIDADES



Todos nós podemos ser portadores de HIV ou termos, entre os mais próximos, alguém que o seja.



Quando tal acontece sabemos bem o valor da informação que nos permite lidar com esse problema de saúde e, também, com as representações sociais sobre a doença.



A entrevista que a seguir se publica é um testemunho vivo que toca e que dói.



Lídia - As pessoas com sida estão em desigualdade de oportunidades em relação às outras pessoas?


Raul - Vamos considerar quando fala em pessoas com sida pessoas infectadas pelo HIV, pois Sida é o último estágio no avanço da doença e essas pessoas, estão muito debilitadas normalmente.
Claro que estão em desvantagens em todos os aspectos quer a nível de trabalho, quer empréstimos quer seguros de vida. A máscara continua a ter que ser usada e o engenho de cada um tem de ser usado para contornar estes obstáculos.

Lídia - Há maiores dificuldades a nível de emprego, escola e participação em actividades de grupo?

Raul - Uma das maiores preocupações de qualquer infectado que tenha um emprego estável o qual lhe permite viver confortavelmente, é o medo de perder esse emprego devido à sua condição de infectado pelo HIV. Normalmente as grandes empresas pedem check-ups anuais ou de dois em dois anos, aos seus funcionários. Dos diversos testes que pedem um deles é ao HIV, o qual é aterrorizante para quem sabe que está infectado e sabe que tem de fazer o teste daí a uns tempos.
Depois nas próprias instituições ouvem-se conversas sobre sida (as pessoas não sabem que o colega está infectado) que são autênticas aberrações e mostram o que realmente a sociedade pensa acerca da doença. O pobre desgraçado ouve aquilo como um escárnio sobre ele, só que não se revela porque não é louco, precisa de trabalhar e está amedrontado. O stress é grande acredite.
Soube do caso do cozinheiro despedido pelo grupo Sana? A justiça ainda deu razão à entidade empregadora não obstante haver relatórios científicos que atestavam a infecção pelo HIV não ser perigosa no desempenho das suas funções e não haver risco para os clientes do hotel. Mas há mais …muitos mais casos.
Nas escolas certamente tem lido e os leitores também, os problemas que os pais das outras crianças levantam quando sabem haver na escola uma criança seropositiva ao HIV.
Nas actividades de grupo não vejo dificuldades. Ou estou em grupos dedicados à Sida e outras DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis) e aí estou à vontade, ou então nos outros grupos não vejo necessidade de revelar a minha condição de infectado.
Lídia - Sente preconceitos da sociedade em relação a esse tipo de doença?

Raul- Directamente não, mas eu não revelo a minha condição de infectado excepto em casos em que isso é necessário. A minha família sabe, as pessoas envolvidas de qualquer maneira na problemática da Sida com as quais tenho contacto sabem, os meus amigos infectados e pouco mais. Não tenho que publicitar a minha doença, assim como não o tenho de fazer em relação à minha orientação politica, ao clube de que gosto ou mesmo preferências sexuais. Se o tiver que fazer faço-o com o mesmo à vontade. Para os contactos comuns o meu problema de saúde é uma insuficiência hepática e agora recentemente problemas cardíacos. Não estou mentindo sequer, só que não sou obrigado a dizer que a minha insuficiência hepática é devida á toxicidade de medicamentos que tomei para o tratamento da SIDA.. Estou ligado também a doenças comuns em infectados pelo HIV,como a hepatite C e as tuberculoses multi resistentes e isso não quer dizer que seja tuberculoso ou tenha a hepatite C ou outra qualquer doença.
Agora em relação à SIDA e aos preconceitos da sociedade em relação à doença eles existem, e a prova disso são os casos que acontecem diariamente, alguns mesmo vindos de entidades governamentais responsáveis que vão alimentando a fogueira da discriminação, exclusão social e do estigma.

Lídia - O que acha que deve ser mudado a nível de mentes?

Raul - Disse-me que não entende muito de informática. Mas é necessário formatar o disco e colocar tudo de novo. Os erros do passado deixaram marcas profundas e é um trabalho gigantesco mudar as mentalidades. Se todos actuarmos e tivermos o apoio das entidades governamentais a pouco e pouco as coisas podem mudar. Um dos trabalhos era o governo apoiar palestras nas escolas com crianças mesmo antes de estas iniciarem a sua vida sexual activa. As crianças podem levar essas informações para os pais em casa. Era uma maneira de aproveitar o Know how da comunidade infectada e ao mesmo tempo dar-lhes a possibilidade (aos infectados) de com esse trabalho arranjarem um meio de subsistência. O saber e a experiência de muitos infectados torna-os em peritos altamente qualificados nessa matéria. Depois a frente de combate não pode ser só na desmistificação da doença. Temos de actuar cada vez mais na prevenção, para evitar novas infecções. Os comportamentos têm de mudar, e nunca é demais lembrar que a SIDA existe.
A educação em relação á doença tem de passar pela informação e não pelo medo. A Sida não é o Papão com que se assustavam as criancinhas, aplicado a todo o povo menos informado.

Lídia - E de apoios estatais?
Raul - Apoio social a nível do infectado ou a nível de associações que trabalham nesta área?
A nível de infectados há um apoio para ajudar na renda de casa, água e electricidade. Os assistentes sociais dizem desconhecer essa lei e que essa verba existe. É difícil de conseguir essa ajuda e podem-se contar pelos dedos da mão as pessoas que a nível nacional a recebem. Só com muitas cunhas dizia-me há tempos um feliz contemplado.
A nível de associações o estado ajuda em alguns projectos. Mas as coisas estão difíceis e cada vez é mais complicado as associações receberem essas verbas. Quanto aos critérios para a atribuição dessas verbas e aos projectos aprovados e à sua utilidade na ajuda aos infectados, tenho uma opinião, mas não me vou pronunciar sobre ela nesta entrevista, desculpem-me.


Lídia - O que lhe falta?

Raul - Falta-me terminar o meu ciclo de vida e morrer. Até lá falta-me a segurança que me garanta a subsistência alimentar e de tecto que até hoje ainda não faltou. Note-se que nunca recebi qualquer subsidio ou apoio estatal, ou de qualquer outra instituição de apoio social. Também nunca o pedi até hoje.

Lídia - O que mudou na sua vida?

Raul - Morri e voltei a nascer, talvez seja a frase certa para ilustrar as mudanças. Na altura em que fui infectado sabia que a SIDA existia, e a minha noção acerca da doença era que matava rapidamente, e que bastava apanhar-se uma simples gripe que ela nunca mais curava e acabava por matar a pessoa infectada. Sabia que havia um medicamento chamado AZT, para a tratar mas via esse medicamento em botijas de alguns litros que era aplicado com internamento hospitalar tipo soro ou sangue nas veias. Via o tratamento da SIDA num cenário aterrador de dor e sofrimento. O meu retrato robot de uma pessoa com SIDA, era visualizado mentalmente como a figura de alguém andrajoso com feridas na cara e nos braços. Foram as imagens passadas ao mundo desde o inicio e que ficaram em memória. O quanto eu estava errado e essa minha ignorância no passado faz com que hoje compreenda o que muitas pessoas pensam acerca da SIDA.
Ao saber que estava infectado, o impacto da doença mudou completamente a minha vida. É complicado aqui descrever tudo o que fiz. Sentia necessidade de ver outros infectados falar com eles, queria aprender …aprender…aprender… a como viver com a SIDA. Tinha um encontro obrigatório com a morte que ia adiando sucessivamente um mês, seis meses um ano. Ia estabelecendo metas antes de me entregar. Os meus filhos estavam no secundário ainda e não estavam preparados para a vida essa era a minha maior preocupação. Fui negociando e adiando a minha partida. Os filhos acabaram o secundário depois acabaram a faculdade, a filha casou, já tenho um neto e a vida continua.
Após 11 anos de infecção, não sei quantos anos irei viver mais, mas não estou preocupado com isso. Um dia hei-de morrer mas não tenho pressa. Se analisar a SIDA na minha vida até que nem foi tão má assim. Tive tempo para parar, pensar e saber o quanto gosto de viver. Passei a ter mais amor pelo meu próximo e a gostar mais de mim mesmo. Dediquei a minha vida à causa da SIDA e não quero parar de lutar. Sei o que sofri e sei o que cada um sofre quando sabe o resultado do teste. Não há necessidade para esse sofrimento e é por isso que estou aqui tentando dar uma ajuda a quem precisa dela. A minha vida só tem sentido enquanto houver pessoas que precisam de mim.
Não tenho raiva da SIDA, ela ajudou-me a crescer como ser humano. Embora pareça um absurdo, acho que lhe estou agradecido por me ter feito acordar para a realidade da vida.

NOTICIAS


Nos EUA, médicos anunciam cura de bebê com HIV
Recém-nascido passou a receber tratamento 30 horas depois de nascer
Médicos americanos anunciaram neste domingo um caso inédito de um bebê curado de uma infecção pelo vírus da aids, descoberta que pode mudar a forma como recém-nascidos recebem tratamento. E que também pode reduzir o número de crianças que vivem com o vírus causador da doença.
O bebê, uma menina nascida na área rural do Mississippi, passou a ser tratada com um coquetel de medicamentos antirretrovirais apenas 30 horas depois do nascimento, o que não é usual. As Nações Unidas estimam que 330.000 bebês foram infectados em 2011 e que mais de 3 milhões de crianças no mundo todo vivem com a aids.
Mais testes ainda são necessários para verificar se o tratamento teria o mesmo efeito em outras crianças, mas os responsáveis pelo caso já comemoram. “Para a pediatria, essa é a nossa Timothy Brown”, disse a médica Deborah Persaud, professora associada no centro infantil Johns Hopkins e coordenadora da pesquisa. Ela se refere ao caso da primeira pessoa curada no mundo.
O americano Timothy Brown, que ficou conhecido como “o paciente de Berlim”, tinha leucemia e recebeu na capital alemã um transplante de células-tronco de um doador geneticamente resistente à contaminação pelo HIV.
Especialistas que não tiveram acesso aos detalhes sobre o caso dizem que ainda é preciso saber se o bebê realmente havia sido infectado pela mãe. Caso contrário, seria uma situação de prevenção, o que já foi feito em bebês nascidos de mães infectadas.
Os médicos que acompanharam o caso afirmam que foram feitos cinco testes positivos no primeiro mês de vida do bebê, o que provaria que o recém-nascido estava infectado. Depois do início do tratamento, os níveis do vírus no sangue do bebê foram reduzidos em um padrão característico de pacientes infectados.
Para os médicos, não há dúvida de que a criança experimentou o que chamaram de “cura funcional”. A menina, agora com dois anos e meio de idade, está há um ano sem tomar medicamentos e não apresenta sinais do vírus.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

PROMOÇÃO EM PROL DA CASA DE APOIO

II FESTA DO PASTEL
DIAS 08 E 09 DE MARÇO DE 2013.

HORÁRIO: DAS 19H00 AS 22H00

LOCAL: NA CASA DE APOIO
RUA BORORÓS, 577 CENTRO TUPÃ-SP

SABORES: CARNE E QUEIJO

PREÇO: R$ 2,50

DESDE DE JÁ AGRADECEMOS SUA GENEROSA COLABORAÇÃO.
QUE DEUS ABENÇOE A TODOS QUE IRÃO COLABORAR SEJA COMPRANDO UM PASTEL OU VENDENDO OS PASTEIS, A NOSSA GRATIDÃO E NOSSAS ORAÇÕES.
IR. ANGELA.

sábado, 19 de janeiro de 2013

APELO AOS CORAÇÕES GENEROSOS

eu Irmã Angela Coordenadora da Casa de Apoio São Camilo, venho
através deste pedir vossa ajuda para continuarmos a atender e alimentar 
os que sofrem, excluídos e marginalizados.
Precisamos manter a Casa de Apoio conto com a Providência Divina 
que se manifesta na  ajuda da comunidade, irmãos e irmãs 
de perto ou de longe que com coração generoso fazem suas doações.

Quem se sentir e quiser participar desta obra faça sua doação
através de deposito bancário:

AGENCIA: 0133-3
C/C: 13.941-6
BANCO DO BRASIL
ASSOCIAÇÃO SÃO CAMILO DE TUPÃ-ASCAT

PODE SER QUALQUER QUANTIA UM CENTAVO É PARA NÓS DE GRANDE VALOR
PARA SUPRIR AS  NECESSECIDADES DE QUEM PASSA FOME E SEDE DE AMOR, JUSTIÇA,
ALIMENTO, CARINHO E DIGNIDADE.
AGRADECEMOS SUA PARTICIPAÇÃO E GENEROSIDADE, DEUS AMA QUEM DÁ COM ALEGRIA E RECOMPENSA O CORAÇÃO GENEROSO.