domingo, 29 de janeiro de 2012

MENSAGEM

Amor não é se envolver com a pessoa perfeita,
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, 
mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme 
no melhor que podemos ser.
DEUS NOS CRIOU PARA O AMOR, PARA AMAR E DEIXAR-SE AMAR!
QUEM AMA FAZ SEMPRE O QUE DEUS QUER!
QUEM AMA FAZ SEMPRE O PRÓXIMO FELIZ 
E ASSIM ENCONTRA A VERDADEIRA FELICIDADE!
FELICIDADE É DEUS E DEUS É AMOR,

PORTANTO AME E DEIXE-SE AMAR, 
ASSIM FARÁ OUTROS FELIZES E SERÁS FELIZ!



Mensagem

Em I Coríntios 13:4-7, a Bíblia nos fala sobre o amor. Ela diz que: "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."No grego antigo, havia três palavras que significavam amor: "eros", "phileo" e "ágape". Eles usavam a palavra de acordo com o tipo de amor a que estavam se referindo.

A palavra "eros" se referia ao amor sexual e, como sabemos, deve existir dentro do casamento.

A 2a palavra "phileo" significava o amor que existia entre pais e filhos, e entre irmãos. Este tipo de amor, que se desenvolve com o tempo, também deve existir no casamento.

Por último, temos o amor "ágape" que é o mais profundo e o mais sublime de todos. Este amor sempre caracterizou Deus. Em João 3:16 a Bíblia nos mostra o tão grande amor do nosso Deus quando diz: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho..." Existe maior amor do que este? Encontramos também este amor expresso em I Coríntios 13:4-7 . Um casamento fundamentado no AMOR ÁGAPE pode sobreviver a qualquer tipo de tempestade, desencontros, desavenças, etc. Se alicerçamos nosso casamento no AMOR ÁGAPE, a palavra de Deus se torna realidade quando Ele diz: "o amor nunca acaba". Certamente este tipo de amor precisa ser aprendido e esta aprendizagem exige muito esforço e conhecimento. Todos precisamos aprender a amar. Mas, para que um casamento seja feliz é necessário existir estes três tipos de amor.

Em I Coríntios 13:4-7, Deus nos mostra as 15 características do amor que eu e você devemos expressar em nossas vidas:

1. A Bíblia nos diz primeiramente que o amor é SOFREDOR. Se tenho dentro de mim esta qualidade de amar alguém, então custo a ficar zangada, nunca levanto a voz ou perco a calma.

2. Em seguida, aprendemos que o amor é BENIGNO. Se tenho esta tão preciosa característica, então sou uma pessoa bondosa e criativa em pôr minha benignidade em prática. Procuro sempre elogiar em vez de criticar. Vejo sempre, na outra pessoa, algo positivo.

3. A Bíblia nos ensina também que o amor NÃO É INVEJOSO. Se possuo este tipo de amor, não fico com ciúmes quando a outra pessoa tem, por exemplo, um emprego melhor do que o meu; não fico insegura se a outra pessoa é mais capacitada ou mais atraente do que eu.

4. O amor NÃO TRATA COM LEVIANDADE. Se realmente amo, como digo, então não procuro ser o centro das atenções nas conversas, nem me gabo das minhas habilidades, fazendo com que meu noivo ou marido se sinta inferior ou deixado de lado.

5. A Bíblia continua dizendo que o amor NÃO SE ENSOBERBECE. Se tenho este tipo de amor, então não sou orgulhosa, nem arrogante diante da pessoa que amo. Não espero ser bajulada para fazer o que é de minha responsabilidade. Não procuro fama para mim mesma.

6. O amor NÃO SE PORTA COM INDECÊNCIA. Com esta outra característica do amor, não sou grosseira para com a pessoa que amo. Não sou sarcástica nem crítica. Procuro, cada vez mais, demonstrar meu amor com cortesia.

7. Na Palavra de Deus vemos também que o amor NÃO BUSCA OS SEUS INTERESSES. Este tipo de amor não é "auto-centralizado" mas "outro-centralizado". Não me centralizo nem focalizo em mim, mas sim naquele a quem amo, buscando seu bem eterno, suas necessidades reais-eternas. Estou sempre procurando descobrir os interesses dele. Não sou possessiva com aquela pessoa que amo, não vivo exigindo os meus direitos e querendo que faça a minha vontade.

8. Aprendemos ainda que o amor NÃO SE IRRITA. Se amo, não me exaspero, nem fico facilmente amargurada. Se amo não procuro ficar sempre na defensiva, nem sou super- sensível.

9. O amor NÃO SUSPEITA MAL. Se amo verdadeiramente, tenho que demonstrar que, de todo meu coração, confio em quem amo e tenho dentro de mim a capacidade de perdoar. Não procuro me vingar pagando o mal com o mal.

10. A Bíblia nos diz que o amor NÃO FOLGA COM A INJUSTIÇA. Com este amor na minha vida, nunca vou me regozijar quando a pessoa que amo falha, nem quando recebe a justa punição, muito menos quando recebe injustiça, seja ela pequena ou grande.

11. O amor FOLGA COM A VERDADE. Se é só a pessoa que amo que recebe o elogio ou recompensa que em parte também caberia a mim, eu assim mesmo me alegro.

12. Deus nos ensina que o amor TUDO SOFRE. Se amo, sou capaz de suportar qualquer tipo de provação ou angústia pelo bem daquele a quem amo.

13. O amor TUDO CRÊ. Com este amor, confio na pessoa que amo. Creio nela e no seu valor diante de Deus.

14. O amor TUDO ESPERA. Se estou realmente amando, creio que Deus está agindo na vida da pessoa que amo, trabalhando e moldando como o oleiro faz com o barro. Nunca desanimo.

15. O amor TUDO SUPORTA. Pela pessoa que amo sou capaz de tudo suportar. Não fico desanimada, nem triste.

Finalmente, podemos dizer que o AMOR ÁGAPE é aquele amor que se dá e se sacrifica pelo mais alto bem da outra pessoa. Tal sublime amor prático é completamente abnegado, ou seja, busca o que é melhor para aquele que ama. O AMOR ÁGAPE também é dedicado, ou seja, continua amando aconteça o que acontecer.

Um excelente treinamento para o casamento: "Mostre amor pelas pessoas da sua família. Lembre-se que você não tem que esperar até 'sentir' amor. Aja agora e procure amá-las.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Missa nas intenções dos Doadores Amigos

Neste Domingo dia 29 de Janeiro de 2012 colocaremos nas intenções da Santa Missa da Matriz São Pedro Apóstolo de Tupã pelas intenções de todos os Doadores Amigos da Casa de Apoio São Camilo e por todos os que tem colaborado com a Casa de Apoio. 
Não vamos colocar nome para não esquecer de ninguem, vamos estar rezando para todos os que fazem suas doações para a Casa seja em dinheiro, alimentos, material de limpeza, material de higiene pessoal, roupa, calçado, roupa de cama, mesa e banho, leite, ou qualquer tipo de doação.

Aos nossos amigos colaboradores, voluntarios, doadores, nossa gratidão, nosso carinho e nossas orações.
"QUEM É AMIGO DOADOR DA CASA DE APOIO SÃO CAMILO É AMIGO E COLABORADOR DE JESUS NA LUTA EM FAVOR DA VIDA, DIGNIDADE E QUALIDADE!"

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Noticias sobre AIDS


camisinha05Contaminação da Aids aumenta na América Latina por falta de prevenção

O número de mortos pela Aids na América Latina diminuiu devido ao maior acesso ao tratamento antirretroviral, mas a contaminação continua aumentando pela falta de programas de prevenção, informou nesta quinta-feira o Programa da ONU sobre a Aids (Unaids). “Para cada pessoa em tratamento temos duas novas infecções. Assim nunca acabaremos com a doença.


2010-02-05_brasil-participa-de-campanha-mundial-contra-a-aids_ggDados sobre Aids sugerem avanço no controle da doença
O Brasil aparece como um dos grandes destaques no relatório anual do Unaids, o programa das Nações Unidas dedicado ao combate à Aids, apresentando quadro no qual entre 60% e 79% dos infectados com o vírus têm acesso a tratamento. 



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Morre o ator Rodolfo Bottino aos 52 anos
O ator e professor de gastronomia Rodolfo Bottino morreu na manhã deste domingo (11), aos 52 anos, em Salvador, onde tinha familiares. Bottino era portador do vírus da Aids e faleceu em decorrência de uma embolia durante um exame para a realização de uma cirurgia no quadril.

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Veja lista dos estados com maior incidência de Aids em 2010

O Rio Grande do Sul é o estado com maior incidência de Aids no país, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde – veja lista de estados no quadro ao lado. A taxa de incidência de casos da doença é de 37,6 para cada 100 mil habitantes.

Medicamento em estudo no Brasil promete revolucionar tratamento da aids

vacinaSCientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Laboratório Kyolab, de Campinas, estão pesquisando um medicamento contra a aids a partir de uma planta natural do Piauí. Em estudos iniciais, a molécula isolada em laboratório conseguiu chegar em células nas quais o HIV fica “escondido”.

 

 

Vacina experimental contra HIV elimina vírus em testes com macacos

Uma vacina experimental ajudou macacos portadores de uma variação do vírus da Aids a controlar a infecção. Segundo pesquisadores norte-americanos, isso pode levar a uma vacina para humanos. Publicado em 24 de outubro de 2011.

sintomas-da-aidsSintomas da AIDS: veja quando é preciso fazer o teste

Desde que a Aids foi descoberta, no inicio da década 80, pesquisadores de todo o mundo tentam descobrir a forma de contê-la. Enquanto a cura ou a vacina da doença não chega, a alternativa que a população tem é se prevenir. A camisinha tem sido a grande aliada neste processo.

 

Novos tratamentos aumentam expectativa de vida de pessoas com aids em 15 anos

coquetelEntre 1996 e 2008, a expectativa de vida entre os pacientes ingleses com HIV aumentou em 15 anos, segundo estudo publicado nesta quarta-feira no British Medical Journal. A ampliação deve-se principalmente aos novos medicamentos antirretrovirais, principalmente se administrados no começo da doença.

 

 

Doente de aids ganha mais um serviço no SUS

Novo serviço para pacientes com infecção por HIV submetidos a tratamentos antirretrovirais de longa duração entra em funcionamento no Estado de Pernambuco. A partir da próxima segunda-feira, eles passam a contar com cirurgias reparadoras para retirada de acúmulo de gordura no corpo, preenchimento facial e reconstrução glútea, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

tn_620_600_aids_terceiraidade_300910Cresce o contágio da aids entre jovens gays e idosos

Na sala escura da boate gay e nos encontros marcados após o baile da terceira idade, os homens brasileiros de todas as idades e orientações sexuais têm deixado a camisinha de lado e, por isso, crescido nas estatísticas da aids.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Como funciona a Aids


por Kevin Bonsor - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução

A Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma das piores pandemias que o mundo já conheceu. O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), vírus que causa a Aids, foi descoberto em 1981 numa região remota da África Central. Desde então, ele se espalhou pelo globo terrestre, infectando milhões de pessoas num período relativamente curto de tempo. A Aids matou, até onde sabemos, mais de 25 milhões de pessoas, com aproximadamente 3 milhões de mortes só em 2006 [referência - em inglês]. Muitos casos não são registrados, mas os números da doença estão aumentando. Comparação:
  • a pandemia de gripe de 1918 matou aproximadamente 20 milhões de pessoas pelo mundo
  • a Segunda Guerra Mundial matou aproximadamente 40 milhões de pessoas
A pandemia de Aids teve e, provavelmente continuará tendo, um impacto global significativo.

HIV, vírus que causa a AIDS
Imagem cedida pelo National Institute of Allergy and infectious Diseases
HIV, vírus que causa a Aids, se desenvolvendo fora de um leucócito humano
Nesse artigo, mostraremos como o vírus HIV ataca o sistema imunológico e como causa a Aids. Vamos também esclarecer alguns mitos sobre a doença e como o HIV é transmitido.

Menor infecção
Antirretrovirais reduzem risco de infecção pelo HIV. Queda é de cerca de 44%, aponta pesquisa americana.
Leia mais em VEJA.com

A idéia de se contrair o HIV é apavorante por uma boa razão: nos dias de hoje, a doença é incurável, tem uma taxa de mortalidade alta, se espalha rapidamente e não existe vacina contra ela. Atualmente, tal combinação é rara. A varíola, por exemplo, pode ser fatal, mas foi completamente contida através da vacinação. A tuberculose, que também pode ser fatal, é facilmente curada com antibióticos se diagnosticada cedo.
A Aids tem sido capaz de infectar e matar tanta gente devido a características únicas,
o que faz desta uma doença tão incomum:
  • o HIV se espalha pelo contato íntimo com uma pessoa infectada. As formas de contato íntimo que transmitem a Aids incluem atividade sexual e qualquer tipo de situação que permita que o sangue de uma pessoa contaminada entre em contato com o de outra. Especialmente quando comparada com as diversas viroses que se espalham pelo ar, poderia-se imaginar que a intimidade envolvida na transmissão da Aids fosse um fator limitante, mas não é;
  • uma pessoa pode portar e transmitir o HIV por muitos anos antes que os sintomas apareçam. Ela pode ser contagiosa por uma década ou mais antes que qualquer sinal visível da doença se manifeste. Numa década, um portador promíscuo do HIV pode infectar dúzias de pessoas, que podem infectar outras dúzias de pessoas e assim por diante;
  • o HIV invade as células do nosso sistema imunológico e as reprograma para que se tornem produtoras de HIV. Lentamente, o número de leucócitos do corpo diminui e a Aids se desenvolve. Assim que a doença se manifesta, a pessoa fica suscetível a várias infecções diferentes, pois o sistema imunológico foi enfraquecido demais pelo HIV e não pode mais lutar de maneira eficiente. O HIV também demonstrou capacidade de mutação, o que torna quase impossível tratar o vírus.
A última característica nessa lista é única. O HIV invade e destrói o sistema imunológico, o sistema que iria proteger o corpo contra os vírus, corrompendo-o e deixando-o incapacitado de proteger o corpo contra ele.
Nos Estados Unidos, considerada a distribuição do HIV na população, há mais de uma chance em mil de se contrair o HIV durante um encontro sexual sem proteção, segundo o Center for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças - site em inglês). Em alguns lugares, as chances são ainda maiores. Sexo sem proteção é o meio mais comum para se transmitir o HIV. As chances de contaminação aumentam a cada novo parceiro. Eis uma lista de meios pelos quais o HIV pode ser transmitido:

  • contato sexual
  • compartilhar agulhas intravenosas contaminadas
  • amamentar (da mãe para o bebê)
  • mães infectadas transmitem para os fetos durante a gravidez ou parto
  • transfusões sangüíneas (caso raro em países onde o sangue é filtrado para encontrar anticorpos de HIV)

HIV e os mosquitos
Um dos mitos predominantes sobre a transmissão do HIV é que mosquitos ou outros insetos que sugam sangue podem infectá-lo. Não há evidência científica que apóie essa declaração. Para entender por que os mosquitos não contribuem na transmissão do HIV, podemos observar o comportamento dos insetos e das picadas. Quando um mosquito pica alguém, eles não injetam o próprio sangue ou o sangue de um animal ou pessoa que já tenham picado. O mosquito injeta saliva, que age como lubrificante para que ele possa se alimentar melhor. A febre amarela e a malária podem ser transmitidas pela saliva, mas o HIV não se reproduz em insetos, portanto, não sobrevive no mosquito tempo suficiente para ser transmitido pela saliva.
Além disso, os mosquitos não vão normalmente de uma pessoa para outra após se alimentarem. Os insetos precisam de tempo para digerir o sangue antes de continuarem.
Para aprender mais sobre mosquitos,
Existe uma pequena chance de transmissão através de beijos de língua e mordidas. Entretanto, os casos de transmissão de HIV por esses métodos são raros. De fato, o CDC investigou apenas um caso onde a contaminação pelo HIV foi atribuída ao beijo de língua.
O HIV não é transmitido pelo ar ou contato com superfícies, como os resfriados e as gripes. Ele é um vírus frágil e não sobrevive bem fora do corpo humano. A fragilidade torna a possibilidade de transmissão pelo ambiente muito remota. Fora da célula hospedeira, o HIV não sobrevive por muito tempo. Em pequisas de laboratório, o CDC demonstrou que uma vez que o fluido (sangue, suor, lágrimas, etc.) contendo o vírus seca, o risco de transmissão pelo ambiente é praticamente zero.
Há muita desinformação sobre como o HIV pode ser transmitido. Aqui está uma lista de como este vírus não é transmitido:

  • saliva, lágrimas e suor - saliva e lágrimas contêm apenas uma pequena quantidade de HIV, e os cientistas não detectaram nenhum traço dele no suor de uma pessoa infectada;
  • insetos - estudos não mostram evidências da transmissão de HIV através de insetos que sugam sangue. Isso é verdade até nas áreas onde existem muitos casos de Aids e grandes quantidades de mosquitos;
  • usar o mesmo assento do vaso sanitário no banheiro;
  • nadar na mesma piscina;
  • tocar, abraçar ou apertar as mãos;
  • comer no mesmo restaurante;
  • sentar perto de alguém.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Prevenção e Controle


1. Qual a probabilidade de aquisição do HIV após os vários tipos de acidentes de trabalho nos profissionais da área de saúde ?
Embora tipos de exposição acidental, como através do contato de sangue ou secreções com membranas mucosas ou pele íntegra possam, teoricamente, ser responsáveis por infecção pelo HIV, o risco relativo desses meios são insignificantes quando comparados com a exposição percutânea, através de instrumental pérfuro-cortante.
A partir de estudos prospectivos, o risco de um profissional de saúde infectar-se com HIV após acidente percutâneo é estimado em aproximadamente 0,3%, sendo essa taxa passível de sofrer influências de vários fatores.
Sabe-se que o risco de infecção pelo HIV é maior se a exposição envolver grande quantidade de sangue indicado por ferimento visivelmente contaminado com sangue do paciente HIV positivo, procedimento que envolva cateter diretamente ligado a veias ou artérias e ferimentos perfurantes profundos.
A exposição percutânea com sangue de doentes em estágios avançados de AIDS ou com infecções agudas pelo HIV, aumenta o risco de contaminação pois nesses dois momentos da infecção a carga viral circulante é muito elevada.
Outros fatores, como prevalência da infecção pelo HIV na população de pacientes, nível de experiência dos profissionais de saúde, uso de precauções universais (luvas, óculos de proteção, máscaras, aventais) bem como a frequência de aplicação dos procedimentos invasivos, podem também influir no risco de transmissão do HIV.
2. Quanto tempo após uma exposição pode-se afirmar com certeza que o indivíduo não se contaminou?
O CDC (Center for Diseases Control and Prevention, Atlanta, USA) recomenda seguimento sorológico em seis semanas, doze semanas e seis meses após exposição, sem deixar de realizar a sorologia no tempo "zero" após o acidente. Pode-se optar, se disponível, pela pesquisa do HIV por PCR, que ao detectar o genoma viral, informa precocemente e com certeza a condição de portador ou não do profissional.
3. De que forma um profissional de saúde infectado pelo HIV pode contaminar seus pacientes pela prática da profissão?
A transmissão do HIV para pacientes pode ocorrer diretamente pela inoculação de sangue ou outro fluido corpóreo ou indiretamente através do uso de instrumentos contaminados. lnoculação direta é possível quando um profissional infectado é ferido e sangra sobre uma ferida cirúrgica do paciente, ou quando um instrumento contaminado causador de ferimento, entrar novamente em contato com os tecidos do paciente.
A freqüência de lesões severas o suficiente para determinar contaminação pelo sangue em feridas cirúrgicas ou nos tecidos dos pacientes submetidos a procedimentos invasivos é desconhecida, mas provavelmente é extremamente rara.
A freqüência de exposição de material contaminado, tal como, a que ocorre quando uma agulha de sutura fere um profissional infectado e continua sendo usada através dos tecidos do paciente, parece ser a situação mais comum, contudo, o risco de contaminação por esta via é desconhecida. Até o presente não há referência na literatura sobre esta forma de contaminação.
Instrumentos contaminados com sangue de profissionais podem transmitir o HIV para o paciente se os procedimentos de desinfecção apropriados não forem observados.
4. Um profissional de saúde nestas condições deve continuar atuando?
Sim, desde que haja conscientização inerente aos riscos de exposição para terceiros, sobretudo para aqueles que realizam procedimentos invasivos. O CDC sugere que os profissionais infectados e que realizam procedimentos passíveis de exposição, devem evitá-los voluntariamente. O profissional deve manter-se alerta para as preocupações que os pacientes possam experimentar e discutir abertamente estes assuntos, tais como: comunicação sobre os riscos de transmissão e práticas sobre controle de infecção.
Tais medidas podem ajudar a estabelecer confiança mútua entre profissionais e pacientes, aliviando os receios.
5. Que precauções devem ser tomadas pelo profissional de sáude infectado pelo HIV para prevenir a contaminação de seus pacientes?
Baseados na epidemiologia e no conhecimento dos meios de transmissão pode-se dizer que os riscos de um profissional de saúde infectar seus pacientes são pequenos e de difícil mensuração.
Além de todas as precauções universais que devem ser usadas por todos os profissionais de saúde, como uso de luvas, aventais, máscaras e óculos de proteção, deve-se ter sempre em mente os cuidados adicionais na manipulação de instrumentos cortantes e perfurantes.
Recomenda-se também aos profissionais portadores de HIV não executarem procedimentos invasivos por serem estes os de maiores riscos de transmissão. Essa restrição à atuação profissional é muito discutível, pois uma técnica pode ser executada com risco substancial por um profissional, enquanto para outro pode não estar associada a tanto risco.
Além disso, deve ser lembrado, que o meio mais eficiente de reduzir-se tanto a transmissão profissional-paciente quanto a paciente-profissional, baseia-se na determinação dos fatores associados aos riscos e eliminá-los eficientemente, bem como implementando os avanços da tecnologia e da instrumentação usadas na rotina de procedimentos invasivos.
6. O uso de AZT ou outras drogas é indicado após acidente com material pérfuro-cortante contaminado?
A quimioprofilaxia com AZT ou outra droga, após acidente percutâneo com sangue de paciente HIV positivo, é ainda conduta muito complexa devido à alta incidência de efeitos adversos com seu uso, além de poder gerar resistência a esse anti-retroviral.
Antes de optar-se pelo uso da profilaxia, alguns fatores inerentes à exposição devem ser avaliados, tais como: tipo de acidente, severidade do ferimento e estágio da infecção no paciente
O profissional acidentado deve ainda ser alertado que a quimioprofilaxia, além de não eliminar totalmente o risco de vir a tomar-se portador do HIV, pode também causar efeitos adversos de vários graus de intensidade.
Entretanto, se a decisão for pelo uso da profilaxia, esta deve ser iniciada nas primeiras horas após a exposição, na dosagem de 1.000 mg/dia de AZT durante quatro a seis semanas. O seguimento detalhado desses profissionais deve ser planejado, tanto do ponto de vista sorológico, quanto para monitorização de efeitos adversos.
Outros anti-retrovirais começam a ser estudados para uso profilático, sendo que uma futura opção poderá vir a ser a terapia combinada com mais de uma medicação, incluindo outros inibidores da transcriptase reversa e antiproteases. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo recomenda em manual recente que seja realizada a profilaxia pós-exposição com esquema de associação de AZT, lamivudina e inibidores da protease nos casos de contaminação de alto risco, ou seja, com sangue contaminado através de ferimentos perfurantes. Além disso, recomenda este esquema em contaminação das mucosas com sangue contaminado ou secreções contendo sangue visível.
7. Como se deve proceder com um acidentado após uma exposição a material contaminado?
Após exposição a material contaminado deve-se imediatamente proceder à avaliação sorológica do profissional acidentado, a fim de se poder posteriormente caracterizar ou não acidente de trabalho, além da necessidade dessa sorologia para optar-se pelo uso de tratamento com anti-retroviral.
É necessário, também, pormenorizar o tipo de acidente ocorrido visto que o risco de infecção pelo HIV após exposição acidental está diretamente ligado à gravidade e ao tipo de acidente.
Esses profissionais devem ser orientados quanto: à epidemiologia, vias de transmissão e riscos para parceiros sexuais, além da importância da notificação de qualquer doença febril subseqüente que poderá caracterizar infecção aguda pelo HIV.
Obrigatoriamente, o seguimento desses profissionais deve ser feito pelo menos por seis meses, com repetição da sorologia após seis semanas, 12 semanas e seis meses da exposição. Apesar da grande maioria dos profissionais que se infectaram com HIV acidentalmente apresentarem viragem sorológica até seis meses após o acidente, preconiza-se a realização de sorologia adicional um ano após exposição.
Como na maioria dos profissionais de saúde que soroconverteram após acidente foram evidenciados sintomas de infecção retroviral aguda, é importante que na presenca de doença febril após a exposição proceda-se imediatamente a investigação sorológica com pesquisa de antígeno p24, que estará elevado na infecção aguda, mesmo na presença de pesquisa de anticorpos anti-HIV negativa.
Por fim, após exposição a material contaminado e havendo disponibilidade, deve-se proceder à pesquisa do HIV através de PCR (polymerase chain reaction) que trará um diagnóstico de certeza precoce quanto à infecção pelo vírus, eliminando a angústia de um período longo de incertezas e permitindo tratamento precoce.
8. Como se deve proceder caso o acidente tenha ocorrido com material de paciente não testado para o HIV?
A detecção da presença de infecção do paciente de origem é geralmente difícil mais pode ajudar a classificar o grau de risco possível no evento da exposição. A infecção pelo HIV pode ser identificada quando o paciente é sabidamente portador ou desenvolveu infecções oportunísticas relacionadas a AIDS. Dentre as instituições existem diversidades em relação às políticas de realização dos testes anti-HIV em pacientes que foram fonte da possível contaminação, quando o status em relação a esse vírus não é ainda conhecido. Na maioria das vezes a probabilidade de infecção pelo HIV é avaliada por critérios clínicos, epidemiológicos e os pacientes suspeitos de risco, são então consultados para a realização de testes. Vem ganhando aceitação a realização de testes compulsórios, sem consentimento por escrito. Independente da estratégia dos testes usados, esforços devem ser feitos para garantir a manutenção da privacidade dos pacientes.
O profissional da área de saúde exposto deve ser encorajado a realizar uma avaliação de base para o HIV, ou no mínimo armazenar soro o mais cedo possível após a exposição. Sem um teste de base negativo, provar que a infecção mantém uma relação temporal com o evento de exposição é extremamente difícil. Testes subseqüentes para o HIV são geralmente realizados com seis semanas, três meses e seis meses. Quando o paciente fonte tem sorologia positiva ou potencialmente positiva, testes subseqüentes são extremamente úteis no alívio dos medos e na documentação do caso.
O CDC recomenda prática sexual segura e mudanças no comportamento tais como: evitar contato com fluidos corpóreos, gravidez e doação de sangue para minimizar o potencial de transmissão por período de seis meses após a exposição.
Em alguns centros as recomendações são individualizadas para cada situação específica. As pessoas que sofreram ferimentos pequenos por agulhas de diâmetro estreito, contaminada de maneira mínima com sangue de paciente não testado, devem ser testadas de imediato e seis meses após. Nos acidentes graves onde ocorre injeção profunda intramuscular de sangue contaminado, deve-se seguir a recomendação por seis meses e preventiva após um ano.
É essencial que a avaliação seja realizada por profissional médico experiente e familiarizado com as necessidades especiais médica e psicológica em questão.
9. O que signirica sexo seguro?
O contato sexual é a rota mais comum de transmissão do vírus HIV. A meta quando se fala em sexo seguro não é simplesmente prover informações mas tambérn prover aconselhamentos que ajudem a população a fazer as escolhas sexuais mais apropriadas para redução do risco de contaminação com o HIV e outras DST. Em adição, quando possível os serviços de saúde devem facilitar a implementação de suas recomendações, tais como abstinência de contatos sexuais, redução ou seleção cuidadosa dos parceiros, evitar certas práticas sexuais consideradas de elevado risco como o coito anal passivo e ativo, coito vaginal receptivo, prática braquiopróctica (fisting), duchas e enemas, e de risco relativo como o uso de dispositivos sexuais anais, analingus, sexo oral sem preservativo e beijo "francês" (com mordedura e sangramento).
10. O sexo oral é seguro?
O sexo oral é considerado de risco moderado se praticado sem proteção e de baixo risco com a proteção de preservativos de látex não-lubrificados. Tais ponderações são feitas em virtude do vírus poder ser isolado a partir de amostras de saliva com freqüência menor que 10%. Por técnicas tipo PCR, células infectadas por vírus foram raramente encontradas na saliva mesmo na presença de doença periodontal. Os baixos índices de HIV na saliva podem refletir não apenas baixa carga viral, mas possíveis propriedades antivirais ou presença de substâncias inibidoras do vírus e não específicas tais como fibronectina e glicoproteínas. Desta forma o sexo oral impõe menor risco que o sexo anal ou vaginal mas não há estudos sobre índices de infecções em pessoas que praticam única e exclusivamente sexo oral. Há na literatura relatos "folclóricos" citados por DeVitta (l992) de homens e mulheres que soroconverteram após prática exclusiva de sexo oral.
11. O HIV pode ser transmitido por beijo, aperto de mão ou abraço?
Não. Embora o vírus tenha sido isolado de vários fluidos corporais como saliva, urina, lágrimas, somente o contato com sangue, sêmen, secreções genitais e leite matemo têm sido implicados como fonte de infecção.
Para avaliação do risco da transmissão por contato casual (indivíduos com contatos familiares, em escolas, internatos, etc.) foram feitos vários estudos no EUA, Europa e França, onde foram avaliados os riscos da transmissão não sexual do HIV. Muitos dos contatos, adultos e crianças, compartilhavam vários itens com os indivíduos portadores do vírus HIV, como escovas de dentes, toalhas, utensílios domésticos, banheiros, pratos, copos. Em nenhum contato casual a soroconversão foi observada.
O risco da transmissão do vírus HIV por saliva foi avaliado em vários estudos laboratoriais e epidemiológicos. Esses estudos mostram que a concentração e a infectividade dos vírus da saliva de indivíduos portadores do HIV é extremamente baixa.
12. Quais as condições de esterilização de material médico-odontológico necessários para eliminar o HIV?
Todo instrumental utilizado no atendimento médico-odontológico deve ser esterilizado por métodos físico ou químicos. Sabendo-se que a esterilização inativa todos os vírus, as bactérias e esporos e que a desinfecção de alta eficácia inativa todos os vírus, as bactérias, mas não os esporos, o HIV pode ser eliminado por:
• Esterilização pelo vapor sob pressão: 121ºC (ou 250ºF) por 70 minutos em autoclove ou esterilizador a vapor tipo OMS/Unicer.;
• Esterilizações pelo calor seco: 17OºC (34OºF) por duas horas em forno ilíbrico.
• Imersão em glutaraldeído a 2% por 10 horas;
• Solução de formaldeído a 4% por 18 horas.
• Desinfecção de alta eficácia:
- fervura por 20 minutos em recipientes adequados
- imersão por 30 minutos em desinfetante de alta eficácia como: hipoclorito de sódio a O,4%, cloramina a 2%, álcool etílico a 70%, polivinilpiprolidona iodado (PVPI) a 2,5% formaldeído a 4%, glutaraldeído a 2%, água oxigenada a 6%, álcool isopropílico a 70%, peróxido de hidrogênio a 6%.
Vale ressaltar que o vírus HIV não é inativado por irradiação gama (2.105 rad) e irradiação ultravioleta (5.103 J./M3).
13. É necessário o uso de preservativos nas relações sexuais entre dois parceiros soropositvos? Por quê?
Todo indivíduo desenvolve após a infecção com o vírus HIV uma resposta imunológica com a produção de anticorpos. Com o tempo há uma diminuição nessa resposta e os anticorpos neutralizantes não são protetores, por isso o uso de preservativos se faz necessário nas relações sexuais entre dois soropositivos. Existem também, vários fatores que influenciam na maior ou menor infectividade dos parceiros, como:
• imunossupressão severa pela doença podendo ser avaliada por um menor número de células CD4, presença de antígenos p24, ausência de anticorpos anti-HIV, doenças indicativas de AIDS, elevação de linfócitos CD8, carga viral alta e provável aumento concomitante da excreção do HIV.
• terapia anti-retroviral, estudos mostram que o tratamento anti-retroviral tem sido associado com uma diminuição da detecção do HIV no sêmen. Porém, todo efeito protetor exercido pelas drogas anti-retrovirais são parciais e portanto nenhum indivíduo é completamente não infectante.
• doenças genitais ulceradas facilitam a transmissão do HIV em ambos os parceiros, porque as ulcerações podem servir como porta de entrada para secreções genitais infectadas pelo HIV como também causam uma resposta inflamatória que aumenta o número de linfócitos T estimulados, que são mais susceptíveis à infecção pelo HIV. Há também um aumento da disseminação viral através de resposta inflamatória local mediada pelo recrutamento e ativação de macrófagos infectados pelo HIV e linfócitos para a superfície da mucosa rompida.
• doenças sexualmente transmitidas não ulceradas, que também podem aumentar a transmissão sexual do HIV.
• práticas sexuais traumáticas, que resultam no rompimento da mucosa retal e ulcerações que permitem o contato com sangue assim como o uso de contraceptivos químicos em mulheres, que causam irritação e inflamação que também podem facilitar a transmissão do vírus HIV.
. cepas diferentes do vírus, que mostram maior ou menor virulência. Estudos indicam a possibilidade da progressão da doença com o aparecimento de cepas mais virulentas virem dos mesmos indivíduos.
Assim, o uso de preservativos deve ser uma constante nas relações sexuais entre os indivíduos.
14. Existem restrições à prática desportiva para o soropositivo?
O advento recente de atletas profissionais com infecção pelo HIV tem levantado uma série de questões sobre os riscos de contaminação de outros indivíduos envolvidos em competições e sobre os efeitos da prática desportiva sobre os atletas soropositivos.
Alguns itens devem ser analisados como a participação de esportistas com infecção pelo HIV nas competições e a influência da atividade física sobre a evolução da doença bem como as medidas preventivas com a adoção de precauções universais com sangue e secreções orgânicas.
Sabe-se, por estudos realizados, que o risco de transmissão em acidente percutâneo entre atletas é extremamente baixo e depende de vários fatores como a ocorrência de sangramento ou lesão de pele de um atleta infectado, presença de um atleta susceptível de lesão de pele ou exposição de membrana mucosa como porta de entrada, contato substancial entre a porta de entrada do atleta susceptível e material infectado. Estas condições só ocorrem em limitada taxa de atividades esportivas.
A prevenção da infecção na prática esportiva com medidas de segurança deve ser habitual e generalizada e não somente com os indivíduos HIV positivos. Todos devem estar cientes para evitar ao máximo a ocorrência de ferimentos, acidentes com materiais cortantes, exposição de pele e mucosa a sangue e secreções.
Quanto à influência da prática esportiva sobre a infecção pelo HIV, alguns estudos foram feitos para sua avaliação. Já se sabe que um aumento na atividade física está freqüentemente associado com a melhora de certas doenças crônicas, como hipertensão arterial sistêmica e doença coronariana.
Estudos recentes também mostraram a influência que o exercício traz sobre os sistemas imune e neuroendócrino, resultando em um potencial benéfico para a imunodeficiência crônica.
Indivíduos soropositivos foram submetidos a exercícios físicos, sendo que nenhum efeito prejudicial foi observado além do que parece que o exercício pode aumentar o número de células CD4, além da melhora psicológica dos indivíduos.
Portanto, parece que o exercício físico pode influenciar a evolução de infecção pelo HIV, principalmente nos seus aspectos psicossomáticos e imunológicos.
Assim, o exercício moderado pode ser uma atividade segura nos indivíduos soropositivos, porém são necessárias maiores informações quanto à intensidade, freqüência e modalidade do exercício no indivíduo HIV e nos diferentes estágios da doença.

Profilaxia post-exposição (PPE) Thore Lorenzen, Katrin Graefe



Transmissão
De acordo com o actual estado do conhecimento, há risco de transmissão de VIH se uma pessoa VIH-negativa entrar em contacto com sangue, sémen ou fluídos vaginais de uma pessoa VIH-positiva. Na opinião de peritos, a exposição da pele intacta a fluídos corporais contaminados com VIH (ex. sangue) não é suficiente para transferir o vírus.
A transmissão é possível se os materiais contaminados com VIH entrarem no corpo por:
·         Picada acidental com agulha ou corte com material cirúrgico
·         Exposição de pele lesada ou de membranas mucosas
·         Relações sexuais não protegidas com uma pessoa VIH-positiva
·         Partilha de seringas ou de outro tipo de equipamento por toxicodependentes
·         Transfusão de sangue ou outros derivados do sangue contaminados com VIH
Risco de Transmissão
O VIH não é um patogéneo muito contagioso. A taxa de transmissão após um contacto de elevado risco é de cerca  1:1000 a 1:100. Comparando com o VIH, a taxa de transmissão para a hepatite C é 10 vezes superior, e 100 vezes para o vírus da hepatite B. Os factores que contribuem para a probabilidade de transmissão são a quantidade de vírus incorporados e o tempo de exposição. O contacto com fluídos corporais de um doente com elevada carga viral acarreta provavelmente um risco superior do que um contacto semelhante com fluídos corporais de um doente a fazer HAART com carga viral suprimida. Além disso, a remoção rápida do material infecciosos por ex. da pele lesada ou das membranas mucosas por lavagem ou desinfecção diminui o risco de uma infecção por VIH. Para contacto percutâneo com sangue contaminado com VIH, os peritos assumem uma infecciosidade total de 0,3 %. De acordo com dados retrospectivos, os cálculos foram realizados para se saber mais precisamente o risco de transmissão para a exposição acidental (ver tabela 1).
Tabela1: Cálculo de estimativa de risco de transmissão após exposição ao HIV *
Tipo de exposição
Risco relativo
Picada profunda com agulha ou corte
16 : 1
Sangue fresco no objecto perfurante/cortante
5 : 1
Perfuração por agulha previamente colocada num vaso sanguíneo
5 : 1
Fonte pessoa com elevada carga viral (infecção aguda, SIDA sem TARV)
6 : 1
Exposição de mucosas
1 : 10
Exposição da pele com lesões inflamatórias
1 : 10
Tabela 2 dá informação sobre o risco de transmissão para outro tipo de exposição ao HIV, por exemplo sexo não protegido. Dado existirem poucos dados o risco estimado varia muito e deve ser considerado com precaução.
Tabela2: Risco de transmissão do HIV através de contactos sexuais não protegidos *
Tipo de contacto
Risco de transmissão por contacto
Sexo anal receptivo não protegido com pessoa infectada
0,82 % (0,24 – 2,76)
Sexo anal receptivo não protegido com pessoa que desconhece o seu estado HIV
0,27 % (0,06 – 0,49)
Sexo anal insertivo não protegido com pessoa que desconhece o seu estado HIV
0,06 % (0,02 – 0,19)
Sexo vaginal não protegido
0,05 – 0,15 %
Sexo vaginal não protegido insertivo
0,03 – 5,6 %
Sexo oral
Probabilidade desconhecida, muito poucos casos descritos por haver introdução de semen na boca.
* Fonte: German-Austrian recommendations for Post-Exposure Prophylaxis against HIV infection 2004
A avaliação de infecções primárias por VIH indica que o estabelecimento do vírus nos diferentes tecidos reservatório não ocorre imediatamente após a incorporação do vírus. Num curto espaço de tempo o estabelecimento do vírus  pode ser evitado com uma intervenção pós-exposição.
Os modelos símios mostram que nas membranas mucosas o VIH infecta em primeiro lugar as células locais imunocompetentes como as células Langhans. Estas células ou as suas irmãs migram para os nódulos linfáticos regionais: a detecção do VIH no sangue ocorre alguns dias depois. O processo de infecção local e migração das células para os nódulos linfáticos leva aproximadamente 24 a 48 horas. Teoricamente, o tratamento com as substâncias adequadas poderia evitar uma infecção sistémica.
As primeiras indicações do uso de AZT após picada de agulha ocupacional datam de 1989. Uma análise retrospectiva de estudos de casos-controlo mostram que mesmo a profilaxia com uma única substância após exposição reduz a probabilidade de uma infecção em aproximadamente 80 %. A combinação de múltiplos fármacos é supostamente ainda mais potente. Infelizmente houve transmissões apesar do uso da  PPE. A transmissão da infecção VIH nem sempre pode ser evitada. Muitos dos casos descritos de PPE que falharam após uma exposição acidental foram tratados com mono-profilaxia com AZT. Mas também há casos de falência com terapêuticas antirretrovirais combinadas.
Com a prevalência crescente de resistências em doentes a fazer terapêutica anti-retroviral poderão surgir problemas futuros com a transmissão de estirpes virais resistentes. Estudos de vigilância internacional reportam taxas crescentes de transmissão de vírus mutantes. Mas o que fazer é ainda pouco claro: os testes de resistência levam dias (ou talvez semanas). Logo os resultados seriam demasiado tardios para evitar a dispersão de vírus resistentes utilizando os anti-retrovirais adequados.
O risco de uma possível transmissão de VIH deve ser avaliado por um médico experiente no tratamento do VIH. É importante estabelecer se a pessoa fonte tem uma infecção VIH suposta ou confirmada. A situação da pessoa face ao VIH deve ser clarificada: a pessoa fonte deve ser abordada para consentir a realização de um teste ao VIH. A negação do consentimento deve ser respeitada de acordo com a actual lei. Se a pessoa fonte concordar ser testada, deve fazê-lo de imediato. Para uma pessoa fonte com uma infecção VIH confirmada, tem de se ter em conta a carga viral actual de VIH, estádio da doença, HAART actual e anterior. Idealmente será também a disponibilidade de uma análise de resistências. A pessoa afectada deve ser questionada acerca dos procedimentos que já foram realizados.
Após clarificação destas questões, a pessoa exposta tem de ser informada acerca dos possíveis efeitos adversos e riscos da PPE farmacêutica. Deve sublinhar-se que nenhuma das substâncias administradas é aprovada para uso específico nesta situação. Isto também é importante no que diz respeito aos custos de cobertura, especialmente se a exposição for sexual. A medicação não pode ser prescrita à custa do seguro de saúde. A PPE para exposição ocupacional é normalmente coberta por um seguro de acidentes (na Alemanha).
A Tabela 3 mostra as várias situações nas quais a PPE é recomendada de acordo com as actuais directrizes. Isto serve como uma orientação, apesar de variações serem necessárias em casos individuais.
Os riscos da PPE dizem principalmente respeito aos efeitos adversos das substâncias antirretrovirais. Mais frequentemente, sintomas gastrointestinais como náuseas, vómitos ou diarreia. São também possíveis alterações hematológicas, das transaminases ou da creatinina. Além disso, houve casos reportados de níveis elevados de triglicéridos e de colesterol, e resistência à insulina mesmo com pouco tempo de utilização de inibidores da protease.
Desconhece-se se a utilização temporária de anti-retrovirais poderá levar a efeitos secundários a longo termo, mas isto parece ser secundário pois o principal é evitar uma doença crónica e potencialmente ameaçadora da vida. Para as grávidas em particular é necessária precaução devido à falta de informação sobre a teratogenecidade.
Tabela 3: Revisão de recomendações para o uso de PEP
Exposição ocupacional

Picada percutânea com agulha oca(fluídos corporais com elevada carga viral: sangue, líquor, material de biópsias, culturas de vírus)
Lesão profunda (p.ex.corte), aparentemente com sangue
Agulha anteriormente usada para injecção intravenosa
Recomendado


Recomendado
Recomendado
Lesão superficial (p. ex. Com agulha cirúrgica)
Excepção se a fonte é pessoa com SIDA ou elevada carga viral
Considerar
Recomendado
Contacto de membrana mucosa ou pele com lesões com fluídos com elevada carga viral
Considerar
Contacto percutâneo com fluídos corporias sem ser sangue  (p. ex. urina, saliva)
Não Recomendado
Contacto de pele intacta com sangue (incluíndo elevada carga viral)
Não Recomendado
Contacto da pele ou mucosas com fluídos tais como urina ou saliva
Não Recomendado


Exposição não ocupacional

Transfusão de produtos derivados de sangue contaminados com HIV (ou se a contaminação pelo HIV é altamente provável)
Recomendado
Sexo receptivo com pessoa infectada pelo HIV
Recomendado
Troca de agulhas ou material contaminado entre toxicodependentes IV
Recomendado
Sexo receptivo oral com ejaculação com pessoa infectada pelo HIV
Considerar
Beijo ou outro tipo de contacto sexual sem semen/sangue/contacto com membrana mucosa
Não Recomendado
Picada acidental em agulha
Não Recomendado
Fonte: German-Austrian recommendations for Post-Exposure Prophylaxis against HIV infection 2004
De acordo com as orientações actuais, dependendo do tipo de exposição, são recomendados diferentes procedimentos após a exposição ao HIV. Após a picada com agulha ou ferimentos com material cortante infectado pelo HIV, deve-se espremer a zona afectada que circunda a ferida. Massagens ou contusões demasiado intensas deverão ser evitadas. A ferida deve ser lavada com um antisséptico alcoólico durante um tempo mínimo de 10 minutos. Para a pele que esteve em contacto com sangue ou outros fluidos corporais de material infectado, uma desinfecção extensiva com um antisséptico para a pele deve ser o suficiente. Após a contaminação do olho, uma lavagem imediata com solução iodada PVP a 2,5% é recomendada. Se a solução indicada não estiver disponível o olho deverá ser lavado com água. A cavidade oral deverá ser lavada várias vezes (cerca de 10-15 segundos cada) com uma solução aquosa, ou com álcool preferencialmente a 80% após o contacto com material potencialmente infectado.
Picada de agulha ou corte

Contaminação de pele com lesões, olho ou cavidade oral







Retirar fluídos expremendo os tecidos peri-lesionais  (³ 1 minuto)

Lavagem abundante com líquido disponível: álcool com elevada graduação  (desnaturado para a cavidade oral), água ou soro fisiológico, possivelmente solução iodada PVP






Lavagem abundante ou aplicação de anti-séptico locais ou agente anti-viral













Figura 1: Intervenções iniciais recomendadas após exposição ao HIV (Fonte: German-Austrian recommendations for Post-Exposure Prophylaxis against HIV infection 2004)
As pessoas, que através da exposição sexual, colocaram em contacto a mucosa genital ou anal com material infectado, deverão lavar o pénis com água e sabão; a mucosa genital deverá ser lavada com água após ter urinado, pois o acto de urinar ajuda a limpar uma possível contaminação da uretra. Irrigações intensivas da vagina ou intestinos não são recomendadas devido a um elevado risco de ferimentos.
Após a implementação das intervenções iniciais, deverá ser consultado um perito em tratamento para o HIV e terapêutica anti-retroviral para se decidir quando se deverá iniciar o PEP farmacológico.
A avaliação e a documentação exactas do decurso do acidente são muito importantes, especialmente para a exposição ocupacional. O processo de informação ao doente sobre os riscos do PEP necessita ser documentado com cuidado e o doente deve assinar um consentimento informal.
O tempo é o factor mais importante para o início da PEP. A melhor forma de impedir a transmissão situa-se entre as primeiras 24 horas da exposição. Seguido esse período de tempo, o risco da propagação sistémico do vírus aumenta. Iniciar a PEP depois de mais de 72 horas após a exposição não parece ser razoável.
A PEP deve ser iniciada o mais cedo possível, preferencialmente dentro de 2 horas após a exposição. Se, neste curto espaço de tempo, não for possível uma consulta com um perito em HIV, pode ser vantajoso iniciar o PEP. Interromper um regime que não seja o indicado é sempre uma opção.
As recomendações actuais preferem um regime com uma combinação de anti-retrovirais dados durante 4 semanas, preferencialmente consistindo em dois NRTI’s e um PI (ver a tabela 5). NNRT’Is, especialmente a nevirapina, não devem ser usados para o PEP por causa do risco de severos efeitos adversos (hepatotoxicidade). Para o efavirenze tais efeitos adversos severos não foram relatados mas o impacto no SNC, particularmente nas primeiras semanas, limitaram o seu uso para o PEP.
Tanto quanto possível, deve-se ter em conta a resistência aos anti-retrovirais através de uma análise ao doente; em muitos casos, esta informação não estará disponível. Consequentemente o uso de regimes padrão para a PEP provou ser prático. As combinações recomendadas são mostradas na tabela 5.
O tenofovir não está listado na tabela da profilaxia padrão. Esta substância necessita de uma etapa de fosforilação para activação comparativamente a outro NRTI’s, que pode ser benéfico consoante o tempo. Até agora, não existe nenhuma evidência confirmando esta hipótese, mas estão a decorrer actualmente algumas experiências. As novas recomendações para a exposição não-ocupacional ao HIV nos Estados Unidos mencionam o tenofovir igualmente a outro NRTI’s.
Além disso, desde 2003, o inibidor de fusão enfuvirtida (Fuzeon™) foi aprovado para a terapêutica do HIV. Outras substâncias, tais como inibidores ou antagonistas do co-receptor estão sob investigação. Estas novas substâncias com o mecanismo de inibir a entrada do vírus podem ser interessantes no que diz respeito ao aumento da eficácia do PEP. Tendo em conta a enfuvirtida, a aplicação subcutânea e os custos elevados impedem actualmente o seu uso na rotina.
Além disso, as dificuldades em monitorizar uma possível seroconversão podem ocorrer como o desenvolvimento de anticorpos contra a enfuvirtida podendo conduzir a uma reacção cruzada com a gp41 e a um resultado positivo no teste Elisa ao HIV.
Durante a gravidez, a PEP deve ser somente usado após uma consideração cuidadosa dos benefícios pois existem dados muito limitados dos efeitos teratogénicos. Em todo o caso, o conselho de um médico especializado no tratamento do HIV e em casos de gravidez deve ser obtido.
Após o contacto com material potencialmente infeccioso, não só o HIV, mas também outras doenças podem ser transmitidas. À parte do HIV, testes deve ser executados para a Hepatite B e Hepatite C. As pessoas expostas à Hepatite B devem receber imunoglobulina da Hepatite B e uma série de vacinas em simultâneo se não tiverem a vacinação em dia.


Tabela 4: Combinações de anti-retrovirais recomendadas para a profilaxia post-exposição ao HIV *
NRTI

PI / NNRTI
AZT + 3TC
1. Combivir™ (2 x 300/150 mg)
ou
2. Retrovir™ (2 x 250 mg) plus
Epivir™(2 x 150 mg or 1 x 300 mg)
plus

Nelfinavir  (Viracept™, 2 x 1,250 mg)
ou
Lopinavir/r (Kaletra™, 2 x 400/100 mg)
ou
Indinavir (Crixivan™, 3 x 800 mg)
ou
Efavirenz (Sustiva™, 1 x 600 mg)
* Fonte: German-Austrian recommendations for Post-Exposure Prophylaxis against HIV infection 2004. Comentário: o uso de Efavirenze por rotina não está recomendado pelos editores de HIV Medicine devido à elevada incidência de perturbações sobre o SNC.
Depois de um contacto sexual desprotegido, as transmissões de outras DST’s tais como a sífilis ou gonorreia devem ser tomadas em consideração. O teste é recomendado dentro de 2 a 4 semanas após a exposição.
Gerir a PEP
Após o início da PEP, o doente deve ser seguido em consulta. A introdução dos anti-retrovirais exige uma elevada disciplina e os efeitos potencialmente adversos devem ser diagnosticados precocemente. As pessoas expostas ao HIV estão sob uma elevada pressão psicológica. É importante não dramatizar a situação mas enfatizar, geralmente, o baixo risco de transmissão.
Os efeitos adversos incluem geralmente sintomas gastrointestinais. Menos frequentes são as alterações hematológicas, nas enzimas hepáticas ou na creatinina. Estes parâmetros devem ser testados após 14 dias e novamente após 4 semanas - no fim da PEP. Apesar de uma monitorização restrita, os diferentes estudos relatam taxas de interrupção de 40 e de 50%. No final de um decurso completo ou de uma PEP interrompida, o teste ao HIV deve ser executado após 6 semanas, 3 e 6 meses. Só é necessário proceder a uma PCR do HIV se existir uma suspeita de uma infecção primária.
Em todo o caso, tem que se recomendar que o doente pratique sexo seguro até que se obtenha um resultado negativo de confiança.
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