sábado, 10 de dezembro de 2011

Breve Histórico da Aids e Origem do HIV no Homem


HISTÓRICO DA AIDS
As epidemias têm sido uma constante na história da humanidade. Como exemplo disso, tivemos a peste negra ou bubônica que levou a óbito um terço da população européia, em meados do século XIV. Posteriormente, surgiu a gripe pandérmica, o cólera, e hodiernamente enfrentamos a AIDS.
Em 1981 descobriu-se a AIDS nos guetos homossexuais de Nova Iorque, São Francisco e Los Angeles, dentre outras grandes cidades norte-americanas e concomitantemente em uma população haitiana a qual apresenta elevado índice de meretrício.
A partir daí foram se revelando casos e mais casos da síndrome nas mais diversas partes do mundo. No Brasil, teve-se conhecimento da AIDS pela primeira vez em 1983, quando se registrou o primeiro caso autóctone em São Paulo, sendo certo que ocupamos hoje o primeiro lugar no ranking dos países latino-americanos, em número de casos de pessoas infectadas pelo vírus HIV.
Urge ressaltar que, muito embora a AIDS tenha se verificado inicialmente entre homossexuais, usuários de drogas injetáveis e pacientes submetidos a múltiplas transfusões de sangue, detecta-se atualmente que a síndrome pode alcançar qualquer pessoa, independentemente de idade, raça, nacionalidade, sexo, estado clínico e hábitos sexuais.
Até o presente momento os avanços da medicina ainda não encontraram um tratamento eficaz para esse letal colapso do sistema imunológico, consignando-se apenas alguns raros casos de portadores do HIV que têm longa sobrevida, denominados Long Term Survivers.
De acordo com o infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual, João da Silva Mendonça, "existe na cidade de São Francisco, E.U.A., um grupo de indivíduos com maior tempo de infecção pelo HIV, com registro científico, que não apresenta doenças oportunistas. Este grupo está sendo acompanhado há 13 anos e oito meses e até junho passado 32% deles ainda não estavam doentes, equivalendo a 1/3 dos infectados".(1)

 ORIGEM DO VÍRUS HIV NO HOMEM
Segundo informações trazidas por Wildney Feres Contrera, coordenadora do GAPA (Grupo de Apoio e Prevenção à AIDS), entidade não-governamental, de base comunitária, apoiada principalmente pela Ford Foundation, Levi Strauss Foundation e pela O.M.S (Organização Mundial de Saúde), em curso intitulado "A AIDS e o Direito", realizado em outubro de 1992, no Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, várias teorias existem sobre o aparecimento do vírus HIV no organismo humano.
Uma delas é a de que o vírus tenha sido transmitido pelo "macaco verde" que habita a África, seja através de relações sexuais que jovens africanos com eles mantinham no período que antecedeu o neo-colonialismo europeu naquele continente, seja por meio de um costume tribal em que se cortava o tampo da cabeça daquele macaco ainda vivo para se comer o seu cérebro quente, não se sabendo, assim, se o vírus penetrou o organismo daqueles africanos através do sangue ou do sêmen. Por conseguinte, quando os colonizadores foram expulsos do País, eles já haviam tido contacto com esta população infectada, disseminando o vírus em outros países.
Outra teoria descreve a transmissão do vírus mediante experimentos da vacina da poliomielite no referido macaco. Inicialmente cultivava-se o vírus no rim do chimpanzé asiático. No entanto, este estava em extinção, o que levou a transferência dos experimentos para o "macaco verde". As primeiras vacinas não foram intencionalmente infectadas e aplicadas na África Central, de onde o vírus se expandiu para o resto do mundo. Os pesquisadores responsáveis eram procedentes dos Estados Unidos, França e África, dentre outros países.
A par dessas teorias, aproximadamente em 1990 descobriu-se a presença do vírus HIV em tecidos de um marinheiro morto em 1940, o qual foi congelado na época, por apresentar sinais da doença e a presença de anticorpos que até então se desconhecia, para que fosse, futuramente, com o avanço da Medicina, objeto de estudos. Daí a existência do vírus no organismo humano vir de 20 a 100 anos.
Por fim, deve-se mencionar que não se descarta a hipótese do vírus em questão ter sido introduzido no organismo humano com o intuito de desencadear uma guerra biológica.
Durante a 9ª Conferência Internacional de AIDS, ocorrida em 1993, em Berlim, o clínico americano Paul Wallerstein, que defende uma visão diferenciada da teoria oficial sobre a AIDS, sustentou a tese de que trata-se de uma doença eminentemente política, chegando a afirmar que a descoberta do HIV gerou desentendimento entre os pesquisadores no tocante aos lucros financeiros em questão.

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