sábado, 10 de dezembro de 2011

DISCRIMINAÇÃO AOS PORTADORES DO VÍRUS HIV


DISCRIMINAÇÃO AOS PORTADORES DO VÍRUS HIV
A discriminação e o estigma que se tem lançado sobre os portadores do vírus HIV, causador da AIDS, sejam eles sintomáticos ou assinto-máticos, bem como às pessoas que com eles convivem, se dá a nível mundial.
Essa discriminação decorre de uma série de fatores e encampa outros preconceitos, como, por exemplo, aquele que se tem com relação aos homossexuais. Com efeito, alguns sociólogos consideram que se todos os grupos sociais houvessem desde o início sido igualmente atingidos pela AIDS, a discussão e o controle da síndrome seriam diferentes. Por infortúnio, porém, ela surgiu entre grupos de homossexuais, tendo se desenvolvido no início dos anos 80 na África, Caribe e entre minorias étnicas dos E.U.A. (San Francisco, Los Angeles e New York). Desde o início da epidemia, muitos segmentos da sociedade culparam e ainda culpam os homossexuais por terem iniciado e propagado a AIDS devido à sua "moral decadente". Houve mesmo desinteresse com relação à "enfermidade de marginais", o que colaborou para a sua rápida disseminação.
A par desse preconceito com relação aos homossexuais, encontram-se arraigados à discriminação a falta de informação aliada ao medo. Há ainda quem atribua à AIDS a ira divina sobre os homossexuais, drogados ou prostitutas.
Tem-se cometido, no mundo inteiro, inúmeros abusos, tais como a negação de moradia, de escola, de emprego e até de sepultura a adultos e crianças, diante da simples suspeita de serem eles portadores do vírus HIV. Paralelamente, há vários casos de trabalhadores do setor da saúde que têm se negado a atender os portadores do vírus HIV. Várias empresas têm despedido os empregados portadores desse vírus. E ainda, algumas companhias de seguro têm se recusado a emitir apólices a pessoas que simplesmente residem em zonas frequentadas por homossexuais. Enfim, estes abusos têm se perpetrado apesar de serem declarados ilegais. Poucos são os países cujas leis proíbem especificamente a discriminação fundada na existência do HIV ou da AIDS. Países como Alemanha, Bélgica, Rússia entre outros, em notórios exemplos de discriminação, têm exigido o exame anti-HIV de estudantes estrangeiros que lá queiram estudar. O mesmo se dá com os solicitantes de visto permanente e os estrangeiros que pedem permissão de residência nos E.U.A..

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