E então as crianças cresceram…
Nós não podemos mais mantê-las sob uma redoma ou debaixo de nossas asas. Eis o desafio que ora se nos apresenta.
Tendo em vista toda a sorte de dificuldades de uma infância sem
perspectivas, com histórico de adoecimentos recorrentes
e sucessivas perdas, como romper com o prognóstico da ausência de
projeto de vida?
Há toda uma geração à margem da sociedade, não menos do que
qualquer classe menos favorecida, porém com seus agravos
potencializados pela presença do HIV.
É preciso romper com muitos estigmas.
Na medida em que a epidemia de AIDS sai
do foco e atinge um público menos informado e menos exigente em seu
exercício de cidadania, as soluções para uma política pública que
diminua tantas desigualdades, não tem mais a urgência que tinha
anos atrás, quando artistas e ativistas intelectuais se
mobilizavam e davam maior visibilidade a todas essas questões.
Penso que mesmo nós do Movimento Social não nos preparamos para esta demanda.
Quando os acolhemos às casas de apoio, não imaginávamos como
seria devolvê-los ao mundo. Preocupávamos em resolver aquela
emergência, prestar socorro aquela criança sobrevivente de uma
tragédia familiar. Tentávamos compensar a ausência da família
original sem pensar que aos dezoito anos, mais uma vez essa família
se romperia. Certa vez ouvi a Micaela Cirino (liderança jovem da
Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV)
referir-se a este momento: “quando seu filho faz dezoito anos, você
o manda embora de casa?” Este questionamento, com certeza,
determinou a revisão de alguns conceitos relacionados ao modelo
de casa de apoio, como era até então o ideal.
Na maioria dos abrigos, estimulou-se a inclusão dos
adolescentes em cursos técnicos e à formação acadêmica, de
modo a prepará-los para a vida adulta. Muito se avançou neste sentido.
Mas ainda assim, o choque de realidades, tanto no reencontro com
a família remanescente, quanto com o mundo, foi inevitável.
A nossa opção, no Grupo Pela Vidda Niterói, foi por tentar dar
suporte à família, para que a criança pudesse manter seus vínculos
afetivos. Com o Projeto “Criança=Vidda”, coordenado pela
Assistente Social Virgínia Soares a pela Psicóloga Leila Chagas,
pudemos acompanhar bem de perto este processo.
Mesmo desta maneira, não escapamos da dificuldade em incluí-las socialmente.
Mesmo com o amparo da família, com a escola, com a infância em
comunidade, com o acompanhamento médico e todos os cuidados
complementares a elas dispensados, ainda assim não poderia dizer
que esta é uma iniciativa 100% exitosa.
Obviamente que a passagem para a vida adulta, é menos
traumática, já que é a conseqüência natural do crescimento
biológico. Sabemos que a adolescência é por si só, a fase da vida
em que tudo é posto à prova – tendo ou não HIV.
É preciso que as próprias famílias encarem isto com
naturalidade e não permaneçam no cuidado excessivo prolongando
esta infância, tolhendo sua autonomia, não permitindo que assumam
suas responsabilidades e suas escolhas. Muitas vezes, na
tentativa de compensar sua condição de “doentes de aids”,
furtam-se do dever de lhes impor limites que são necessários para
perceber as regras gerais de comportamento, convivência,
hierarquias, respeito mútuo e às diferenças.
Alguns dos jovens são levados a acreditar que o mundo inteiro lhes
deve esta compensação e não se livram do rótulo de “coitadinhos”.
Há aqueles que, mesmo inteligentes e talentosos, não se
reconhecem como tal, por medo, talvez de precisarem adotar outra
postura e por sua baixíssima auto-estima.
Vivemos atualmente este dilema: introduzi-los e conter nossa própria expectativa.
Às vezes sentimo-nos como que “malhando ferro frio”. Afinal, tantos
lutaram para que chegassem até aqui… Como fazer com que percebam
o valor de suas vidas para eles mesmos?
Tentamos agora aproximá-los de outros jovens de diversos outros
movimentos, para começarem a perceber as afinidades naturais
da idade. Através de atividades para todos (soro discordantes),
experimentamos uma inclusão de mão dupla. Trabalhando
com música e arte, além de introduzir alternativas culturais, saímos do discurso da doença e falamos de saúde e vida.
Apresentamos outros espaços de atuação e convidamos
a comunidade para dentro da instituição. Esperamos, deste modo,
quebrar esta cadeia de preconceito e auto-preconceito.
Mas o tema que mais nos aflige é a Adesão ao Tratamento. Não
podemos fingir que está tudo bem. Precisamos admitir
a dificuldade que têm em tomar seus medicamentos para que
possamos ajudar com alguma nova estratégia.
- Afinal, tomam remédios desde que nasceram!
Mas se não propiciarmos espaço para que possam se expor
verdadeiramente, sem medo de reprimendas, não encontraremos
esta resposta.
Pode ser que seja necessária uma nova apresentação, uma nova
formulação, menos agressiva, compatível com todas estas
mudanças hormonais.
O fato é que aqueles que conseguem driblar todos os obstáculos
vão para o mercado de trabalho, para a escola e para a vida sem
necessidade de tutela.
O desafio é fazer com que isto se transforme em regra e não exceção!
Meu nome é samuel, estou aqui para dar meu testemunho sobre um médico (drfamousgrant@gmail.com)
ResponderExcluirQue me ajudou na minha vida. Eu estava infectado com VIRUS HIV em
2009, eu fui a muitos hospitais para a cura mas não havia nenhuma solução, assim que eu
Estava pensando em como posso obter uma solução para que meu corpo pode ficar bem.
Um dia eu estava no lado do rio pensando onde eu posso ir para obter solução.
Então uma senhora andou até mim me dizendo por que estou tão triste e eu abrir tudo para
Ela contando a ela o meu problema, ela me disse que ela pode me ajudar, ela
Me apresentar a um médico que usa medicamentos à base de plantas para curar o VIRUS DO HIV
E me deu seu e-mail, então eu e-mail dele. Ele me disse todas as
Coisas que eu preciso fazer e também me dar instruções para tomar, o que eu
Corretamente. Antes que eu soubesse o que está acontecendo depois de quatro
O VIRUS DO HIV que estava no meu corpo foi curado, então se você também
Coração quebrado e também precisa de uma ajuda, você também pode enviar e-mail para ele.
Drfamousgrant@gmail.com