A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Quando
comparado com as mulheres, o tempo de vida deles é 7,6 anos menor. As
doenças isquêmicas do coração, como o infarto do miocárdio, seguida das
moléstias cardiovasculares (como o Acidente Vascular Cerebral, o AVC),
outras doenças cardíacas, pneumonia, cirrose e diabetes estão entre as
principais causas de mortes do sexo masculino.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata
também está entre as causas mais freqüentes de mortes. O crescimento de
óbitos por esse tipo de câncer cresceu 120%, entre 1979 e 2006, segundo o
instituto.
Estudos comprovam que os homens são mais vulneráveis às doenças,
especialmente as enfermidades graves e crônicas. Essa ocorrência está
ligada ao fato de que eles recorrem menos frequentemente do que as
mulheres aos serviços de atenção primária e procuram o sistema de saúde
quando os quadros já se agravaram.
É para ampliar o acesso deles aos serviços de saúde, o Ministério da
Saúde criou a Política Nacional de Saúde do Homem, em 2009. Alinhada à
Política Nacional de Atenção Básica e integrante do Programa Mais Saúde:
Direito de Todos, criado em 2007, a iniciativa pela saúde masculina
prevê aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por
procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como a vasectomia, e
a ampliação em até 20% no número de ultrassonografias de próstata.
Setenta cidades, incluindo todas as capitais, já aderiram à Política
Nacional de Saúde do Homem. Cada uma delas recebeu R$ 75 mil para
financiar as atividades. O cidadão encontra esse serviço nas Unidades
Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS).
A iniciativa foca os homens de 20 a 59 anos de idade, que
correspondem a 41,3 % da população masculina ou 20% do total da
população, totalizando 2,5 milhões de brasileiros. Além de criar
mecanismos para melhorar a assistência a essa população, a meta do
governo federal é incentivar que eles procurem o serviço de saúde ao
menos uma vez por ano, nas UBS e UPAS.
Além disso, uma parceria entre as secretarias municipais de saúde e o
Movimento pela Saúde Masculina, realizado pela Sociedade Brasileira de
Urologia, promoveu caravanas por 28 cidades brasileiras no primeiro
semestre de 2011. Em uma Unidade Móvel de Saúde, pacientes
consultavam-se com urologistas. O objetivo principal da campanha foi
conscientizar sobre a importância da realização de exames preventivos
para o combate e diagnóstico precoce de doenças relacionadas à próstata,
disfunção erétil, câncer de pênis e outras. Mais de 14 mil homens se
beneficiaram da iniciativa.
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